A luz brilhou nas trevas

Quando Maria deu à luz, os Céus rejubilaram e a Terra exultou de alegria; o próprio inferno foi abalado e encheu-se de pavor. Na sua alegria, os Céus produziram uma estrela de enorme brilho e o glorioso exército dos anjos entoou este hino de louvor: «Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens por Ele amados». Na sua alegria, a Terra convocou os pastores que glorificaram o Menino e os magos que O adoraram, oferecendo-Lhe presentes: ouro, incenso e mirra. […]

A noite difundiu a luz pelas trevas, substituindo a obscuridade por uma luz esplendorosa. Esta noite gerou a luz antes de o sol se erguer, luz que, pelo seu brilho extraordinário, eclipsa o esplendor do sol. É sobre esta noite que o salmista afirma: «A noite será luz à minha volta»; e a seguir, dirigindo-se ao Senhor: «Para Ti, as trevas não serão obscuras e a noite será luminosa como o dia. Para Ti, as trevas serão como a luz» (Sl 139,11-12). […]

Recebendo o Emanuel recém-nascido, Maria contempla uma luz incomparavelmente mais bela que o sol, sente um fogo que as águas não podem extinguir. Ela recebeu, no invólucro do corpo que tinha dado à luz, o esplendor que ilumina todas as coisas, e mereceu ter em seus braços o Verbo que sustenta o Universo.Texto de Santo Amadeu de Lausana

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